Esta página é destinada aos alunos e professores rondonistas da UEG, para que possam expressar suas impressões, lembranças e saudades de Guimarães.
“Existe um Alan Jonhson antes do Projeto Rondon, e um novo Alan agora, que viu a esperança na face das pessoas carentes em que teve a oportunidade de ensinar, mas que também aprendeu muito. Alguém que agora respeita verdadeiramente as pessoas, não por sua condição intelectual, mas sim por sua história de vida. Alguém que consegue enxergar alegria, beleza e riqueza em um simples sorriso de pessoas humildes. Enfim, alguém que ganhou um amadurecimento, se tornando uma pessoa um pouco melhor”.
Alan Johnson, aluno do curso de Enfermagem da UnU de Ceres / UEG.
“Bem, não sei ao certo por onde começar. Foram tantas experiências em tão pouco tempo...
É muito gratificante chegar a uma cidade e ser super bem acolhido pela população local, Guimarães é isso. Eles recebem a todos com os braços abertos e sorrisos no rosto, confiaram num pessoal estranho que veio lá de Goiás. Os vimarenses conseguem cativar qualquer um. Uma população amorosa, acolhedora, paciente, que ama ajudar, foi o que consegui ver e aprender com esse povo. Creio que o maior patrimônio de Guimarães é justamente o seu povo: jovens, adultos, idosos, adolescentes, e principalmente, as crianças.
Vi historias de superação, conheci uma turma super disposta a aprender, ouvi historias cantadas, aprendi com uma certa mocinha que o melhor a se fazer é realmente sorrir e viver a vida sem importar com as dificuldades... Guimarães já deixou saudades.
Esses 15 dias dificilmente serão esquecidos, ou melhor, por mim não esqueceria nunca, a não ser que um dia minha memória falhe. Foram dias de grande aprendizado e alegria, um sonho realizado! Agradeço a Deus pela oportunidade de conhecer essa linda cidade, aos vimarenses por nos receber tão prontamente e sem reservas e a minha Equipe A, que me aceitou nos quarenta e cinco minutos do segundo tempo!
Resumindo: Foi lindo e o desejo de voltar aumenta a cada manhã!”
Ariane Tafnes, aluna do curso de Enfermagem da UnU de Ceres / UEG.
“Guimarães,
Guimarães,
terra de grandes corações e ternos abraços,
de pessoas inesquecíveis e tradições exemplares,
de uma cultura rica concebida por bravas raízes, raízes estas que formaram um povo forte, determinado e de um belo caráter.
Passar 12 dias ao lado dos vimarenses foi uma experiência que levarei comigo durante toda a minha jornada. Aprendi a enxergar aquilo que passava despercebido aos meus olhos antigos, aprendi a perceber melhor as pessoas e respeitá-las plenamente em sua individualidade.
Na camisa que visto agora, levo estas palavras:
‘Ao flutuar das ondas
Leva-se o canto ao mar...’
e em meu coração tudo o que vivi em Guimarães”.
Érika Rodrigues, aluna do curso de Comunicação Social - Audiovisual da UnU de Goiânia - Laranjeiras / UEG.
"Existem coisas que acontecem em nossas vidas que nos marcam eternamente, a que nunca vou esquecer é a cena de um monte de crianças correndo atrás da luz do projetor, da luz que dá vida ao cinema, da luz que brilhava em seus olhos. De fato Guimarães é mais que uma cidade do interior de um Maranhão carente. Guimarães é um reduto de história, beleza e amor, onde aprendi mais que ensinei, onde perdi o medo de andar de canoa, onde entendi a vida dos pescadores, onde palavras como respeito, tolerância e amizade tornaram-se algo mais que substantivos concretos.
Obrigada lindos da UEG e de Guimarães por me proporcionar momentos que farão parte de minha história para sempre".
Kely Carvalho, aluna do curso de Comunicação Social - Audiovisual da UnU de Goiânia - Laranjeiras / UEG.
"Frente a todas as dificuldades que enfrentamos em educação e saúde no nosso país e às ocasionais dificuldades que os vimarenses enfrentam - contornadas com sorrisos e uma unânime vontade de seguir em frente - nasce uma proposta que liga ambas as partes aparentemente distintas, mas que se entrelaçaram de modo brilhante. O Rondon foi bem aceito por aquele povo tão querido antes, durante e principalmente depois da operação Pai Francisco, que, diga-se de passagem, deixará um apanhado de lembranças boas no nosso coração, lembranças essas que dificilmente serão esquecidas. As experiências podem ser julgadas como resultado de muito trabalho em equipe, um trabalho aceito de braços abertos pelas comunidades. Atentas, as pessoas anotavam cada palavra dita e aceitavam cada elogio ao seu belo e incandescente modo de viver, invejado pela tranqüilidade e humildade que transpareceu nos gestos, sotaques, danças e liberdade. Liberdade é a palavra que mais descreve essa operação e os vimarenses puderam sentir a liberdade goiana e os goianos se deixaram levar pela liberdade dos vimarenses, seu público tão variado, indo desde crianças a enfermeiros, passando por pescadores e donas de casa. Cada um deles deixou saudades pela sua diversidade de cultura, pela sua humildade, pela receptividade e principalmente pelo conhecimento que nos foi passado e que certamente jamais será esquecido e será disseminado com louvor por onde passemos".
Luana Nikari, aluna do curso de Enfermagem da UnU de Itumbiara / UEG.
“Não sou bom com palavras, então vou descrever como me sinto em relação a essa experiência...
Sempre tive vontade de trabalhar com projetos sociais, mas sempre tive uma imagem de dificuldade, algo muito complicado e caro.
Em Guimarães eu descobri que ajudar, passar informação adiante, não é difícil, toda essa experiência me serviu como uma porta para um novo caminho.
O povo de Guimarães me deixou muito feliz quando demonstrou toda sua atenção e interesse por tal projeto, impressionante como ficavam atentos a cada novidade, pois às vezes temos informação de maneira tão fácil e não valorizamos.
Eu não sei ao certo o quanto eu ajudei a cidade de Guimarães, mas sei o quanto a cidade e seu povo me ajudaram, além da equipe com quem trabalhei, agradeço a todos, e a todos que fizeram possível minha participação no Projeto Rondon. Espero ter cumprido meu papel, Tentei fazer meu melhor.
Para finalizar, gostaria de dizer que se pudesse ter ficado mais tempo, eu teria ficado. E que algum dia eu pretendo voltar, pra visitar a cidade que mudou a minha visão em relação ao mundo”.
Paulo Renato de Rezende, aluno do curso de Agronomia da UnU de Ipameri / UEG.
“Desde o início fomos bem recebidos e mais que isso, acolhidos pelos vimarenses. Tivemos todo o apoio da prefeitura e secretariado e em todas as atividades sempre alguém bem disposto a ajudar.
A verdade é que não tenho ideia do tamanho do ‘reboliço’ que fizemos na cabeça da população, porque tudo que fiz foi muito simples pra mim. Mas posso dizer do aprendizado que recebi de Guimarães e seus povoados, em que a palavra cooperação funciona, onde em menos de quinze minutos uma escola inteira mobilizada consegue montar um Cine Rondon lotado em clube sem energia elétrica.
Pude quebrar de vez preconceitos religiosos e dormir (ou não dormir) com dor nos pés de tanto dançar ao som forte do tambor de crioula, além de ver de perto a realidade dos pescadores e suas histórias e ser contagiada pela boa vontade e disposição de dois meninos que me deram uma aula de produção audiovisual. Além de todo aprendizado com a convivência entre nós.
A volta é sempre valiosa e a bagagem vem bem mais cheia do que foi, mas já sinto saudade dos sabores, cores, sotaque e da linda Raíssa.
Beijos a todos, sinto falta da rede (é sério)”.
Thaís Robaina, aluna do curso de Comunicação Social - Audiovisual da UnU de Goiânia - Laranjeiras / UEG.
“Guimarães exala história, beleza e acolhimento. Nessas duas semanas de convivência e troca de experiências com os vimarenses, aprendi que a simplicidade, a paciência e a coragem de se lançar no desconhecido é algo tangível, familiar. Vi calor no olhar das pessoas, alegria nas feições mais idosas, o brilho nos olhos das crianças mirando a luz que projetava cinema brasileiro pela primeira vez numa comunidade quilombola. Criei e estreitei laços, descobri e confrontei medos, ri e chorei de tristeza e de felicidade. Bebi água salgada e água doce. Respirei ar puro, fechei os olhos ao vento, vi estrelas do Norte.
Guimarães, que vontade de voltar".
Geórgia Cynara, professora do curso de Comunicação Social - Audiovisual da UnU de Goiânia - Laranjeiras / UEG.
“Guimarães foi nossa escolhida, no conjunto de municípios da Operação Pai Francisco, por seus indicadores acima da média no quesito educação. De fato encontramos por lá um povo muito educado, além de instruído, e mais do que interessado pela troca de experiências que se efetivaria nos dias do Rondon. A missão religiosa canadense que por lá plantou uma semente, num passado não muito distante, deixou um legado indestrutível. Desde a viagem precursora, Guimarães me refez esperançoso num Brasil melhor, um exemplo de ‘educação levada a sério’ que precisa ser conhecido e seguido pelo resto do país. Sua cultura festiva e acolhedora nos possibilitou uma operação bem sucedida, com expressiva participação da população nas atividades rondonistas. Guardo na memória os sabores do bacuri e do camarão preparados por Madá, a vista do Porto de Guarapiranga e da baía de Cumã, os sons dos tambores ecoando na madrugada dos terreiros, o ruído infernal de suas radiolas reggaeiras, o orgulho, a organização e a resistência do povo quilombola de Damásio, a brincadeira inebriante do Boi de Zabumba, o sorriso e os olhos felizes de Raíssa saltando de seu belíssimo rostinho negro e curioso por esse povo que veio de longe... Um dia, eu volto pra ver e ouvir tudo isso outra vez”.
Carlos Cipriano, professor do curso de Comunicação Social - Audiovisual da UnU de Goiânia - Laranjeiras / UEG.
